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O que seja, o que veja, o que é ser.........humano em interação..
Para ser um novo ser, feito do que foi, com o que é , para ativamente atuar no que será......
Semana passada, num grande veículo de massa, um especialista da Fundação Dom Cabral, em gestão de pessoas e mercado de trabalho disse, em entrevista, que o Brasil investiu muito em tecnologia e pouco nas pessoas, e hoje sente os efeitos disso.
Quando se esquece de pessoas, da formação e desenvolvimento de competências das mesmas, em especial interpessoais, as organizações e a sociedade deixam de beneficiar-se da capacidade criativa e inovadora, de resultados melhores e diferenciados gerados pelas pessoas. E não se trata somente de investir e incentivar formação técnica, pois esta não é a panaceia para as questões que envolvem produtividade , resultados , competitividade e inovação. Isso é uma das peças de um quebra-cabeças e não o que faz diferença. O que se transforma em diferencial é desenvolver a habilidade de indivíduos em trabalhar em equipe. E equipes de trabalho são um campo vasto para lidar com diferenças. Culturais, raciais, sociais, de orientação sexual, de crenças filosóficas, religiosas e principalmente de diferentes pontos de vista, sobre problemas e soluções.
Você leitor pode pensar que convive com todo esse leque de diversidade, em algumas situações aceita, outras não, e continua produzindo bens ou serviços. O que mais precisa? A questão é como transformar essa convivência em grupo, às vezes conturbada, em resultados sinérgicos, isto é , em que o produto final é melhor que a soma dos potenciais individuais. É possível potencializar a capacidade produtiva e ainda se sentir satisfeito?
Segundo Enrique Pichon- Rivière, estudioso de comportamento de grupos é possível sim. Esse autor afirma que a possibilidade de uma pessoa se desenvolver em grupo, no grupo e com o grupo é infinitamente maior que individualmente. E que uma equipe de trabalho precisa ter uma tarefa clara, isto é, um objetivo ou missão conhecidos por todos, para que possa atingi-los, lançando mão da autonomia e utilizando potencialidades máximas disponíveis no grupo, naquele momento.
Trabalhar em equipe torna-se então desafiante , pois exige habilidades de lidar com conflitos, transformar situações de competição em ações cooperativas, ruídos no processo de comunicação em clareza de entendimentos e, principalmente assumir responsabilidades em atingir metas e resultados. E qual é a receita dessa magia?
Como é um processo de desenvolvimento, exige tempo de amadurecimento, reflexão, discussão em grupo, na presença de um mediador que conheça e utilize atitudes ditas operativas, as que incentivam o agir com autonomia. Conhecimento esse cuja importância começa a ser reconhecida por gestores de equipes e de organizações, para que os resultados almejados sejam alcançados, dentro dos princípios da sustentabilidade, no seu mais amplo conceito.
E você como trabalha em equipe?
Por Liliane Barbosa Corrêa – 23/02/2011
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