terça-feira, 18 de outubro de 2011

Cooperar para Competir ou Competir para Cooperar como isso é possível?


Na atualidade, frente a inovações tecnológicas que propiciam contatos quase instantâneos com pessoas diferentes em locais inusitados do mundo, a questão interpessoal, que parecia estar resolvida, ganha destaque.
Segundo Pichon - Riviére, “no vínculo tudo implica ou se complica”. Hoje, esse conceito extrapola o ambiente clínico e invade o mundo do trabalho, pela interferência das relações interpessoais na produtividade e geração de valor das empresas.
 A necessidade de gerar resultados inovadores e criativos torna imprescindível o trabalho em equipe. Por outro lado, lidar com as diferenças culturais, raciais, sociais e de ideias geram situações conflituosas. Tais situações, conforme sejam gerenciadas, podem levar à perda de foco da equipe, resultados abaixo do esperado e prejuízo à realização da tarefa ou missão da empresa. Se forem coordenados adequadamente, os conflitos podem ser transformados em ações cooperativas e gerar incremento de resultados, em que o todo é mais do que a soma das partes, como numa peça de mosaico.
Competir para cooperar ou cooperar para competir - como isso é possível? 
Essencial na atualidade é desenvolver a competência de mediar conflitos nas equipes. Dessa forma a CO-OPERE apresenta a visão operativa sobre esse tema.
Nesta visão o conflito é visto como um dos momentos do desenvolvimento vincular de um grupo ou equipe de trabalho. Diante do novo, da eminência de mudança ou do inusitado, a confusão é a primeira resposta possível e o vínculo dependente, o melhor recurso encontrado. Para sair da confusão o grupo busca utilizar o mecanismo de discriminação... Analisa, percebe detalhes, diferencia aspectos, e o vínculo que se estabelece é aquele que se relaciona com parte do problema, ou parte da situação, dando margem para o aparecimento de conflitos. No grupo ou equipe de trabalho alguns escolhem um segmento da situação total, e outros preferem um segmento distinto. Ambas escolhas são possíveis, porém, parciais. Não percebem a totalidade e por isso “brigam” para convencer o outro lado de sua verdade. Para superar este momento é preciso um outro movimento grupal e quem co-ordena um grupo, ou o co-pensador, como chamou Pichon-Rivière precisa intervir de forma a que o grupo perceba que as duas escolhas fazem parte de um todo mais completo e que a articulação delas é possível a partir de uma atitude de cooperação.
A articulação dos opostos, portanto, não é eterna e nem estática, ela pede movimento e por isso o produto, fruto de uma ação cooperativa pode ser balançado a partir de um novo, novo e, portanto pode gerar nova confusão, novo conflito e nova articulação o que permite à equipe de trabalho um amadurecimento e um aprofundamento de suas relações interpessoais e de sua capacidade de transformar dilemas em problemas, já que é somente frente aos problemas é que é possível a busca de soluções.  

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Avaliação do VII Congresso de Dinâmica de Grupos

Prezadas Laura Barbosa e Liliane Corrêa,

                Queremos expressar nossa satisfação e reconhecimento por sua participação e contribuição no VII Congresso Brasileiro de Dinâmica dos Grupos que se realizou de 21 a 23 de setembro, em Porto Alegre/RS, com o tema Gestão de Conflitos – O Desafio Transformador.

A SBDG – Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos, em parceria com a Racional Consultoria promoveu a sétima edição do seu Congresso como o objetivo de oportunizar aos participantes a reflexão sobre as formas de aproveitar a energia que é desgastada na manutenção de situações conflitivas pelas quais passam pessoas, grupos e organizações, transformando-as em processos saudáveis e renovadores.

Estamos muito satisfeitos com o resultado deste evento que reuniu cerca de 420 profissionais dos mais diversos Estados da União e que atuam em diversos segmentos, e desejamos compartilhar o êxito alcançado com pessoas como você, que acreditam em nosso propósito, incentivam e trazem suas experiências e conhecimento de forma generosa e prazerosa.

                Pelo que pudemos perceber nestes três dias de convívio e também pelo retorno recebido pelos participantes através da avaliação do congresso, estamos convictos que atingimos nosso objetivo e de que a sua participação foi, sem dúvida, imprescindível para o êxito alcançado.

                De acordo com o retorno que recebemos dos participantes, em avaliação que atribuía graus de 5 a 1 (máximo e mínimo respectivamente), seu Workshop obteve a seguinte avaliação:


                                                                         TOTAL DE RESPOSTAS: 03
5
4
3
2
1
Sala de trabalho                                                                                         
5,0




Desempenho do coordenador                                                                  

5,0




Minha participação / comprometimento                                                    
5,0




Validade dos conteúdos para minhas atividades pessoais / profissionais             
5,0




Oportunidade de integração                                                                     
5,0





               
Em nome de nossa equipe e dos participantes do VII Congresso Brasileiro de Dinâmica dos Grupos, agradecemos sua significativa contribuição, desejando muito sucesso em sua trajetória.

               
Atenciosamente,


Mauro Nogueira de Oliveira              Doralício Siqueira Filho
Presidente da SBDG                             Coordenador Geral do VII Congresso Brasileiro
                                                                      de Dinâmica dos Grupos

terça-feira, 4 de outubro de 2011








Participação da Equipe Co-opere no VII Congresso Brasileiro de Dinâmica dos Grupos - Gestão de conflitos - o desafio transformador  de 21 a 23 de Setembro de 2011

Equipe Co-opere na Acão Social Paraná - ASP

A Equipe Co-opere realizou um trabalho de capacitação para os coordenadores de grupos da Ação Social do Paraná - ASP, intitulado


Atitude Operativa como Recurso para Coordenar Grupos


“Saímos motivados a colocar em prática os conceitos trabalhados pelo grupo nessa capacitação. O que ficou de positivo foi entendermos que cada um com seu ‘eu’ contribui para que um grupo de trabalho se fortaleça e alcance os seus objetivos, sendo que, trabalhar operativamente nos torna mais comprometidos com os resultados e com o restante do grupo”, afirma Mara Cristina Ferreira, coordenadora de projetos da ASP.


Confira  mais detalhes no link abaixo
http://www.aspr.org.br/?system=news&action=read&id=463&eid=142

"LARANJA PODRE" OU GRUPO COMO UMA UNIDADE FUNCIONAL?

                                                                                                                                                             Liliane Barbosa Corrêa

Um dia desses circulou na mídia televisiva uma reportagem  sobre comportamentos aceitos em ambientes de trabalho. Uma especialista em gestão de pessoas descrevia  comportamentos, adequados ou não, dos  colaboradores nas equipes de trabalho. Também,  as prováveis conseqüências  ou punições que, nesse caso específico, era demissão para os colaboradores classificados como laranjas podres. Foram entrevistados também, alguns colaboradores de uma organização.
Chamou atenção a visão estereotipada e fragmentada, tanto da profissional que atuava na gestão de pessoas, quanto dos colegas de trabalho ditos e vistos como inconvenientes...  E a necessidade de eliminar, de alguma, forma os inoportunos, os reclamões, os que levam problemas particulares para o ambiente de trabalho, os que riem e falam alto... Será que foi um caso isolado?  Na empresa que você trabalha isso é diferente?
 Quando profissionais integrantes de equipes de trabalho se dedicam a maior parte do seu tempo para reclamar e não para agir, isso  pode dar pistas  de que algo não funciona bem num grupo.  A visão operativa, desenvolvida pelo psicólogo social Pichon–Rivière (2005), instrumentaliza gestores de pessoas a realizar leitura e intervenção grupal da situação sem  focar em questões individuais. Na abordagem operativa, o grupo é visto como uma unidade em funcionamento. Isso quer dizer que o indivíduo é parte do grupo ao qual pertence e a ação dele resulta de um interjogo entre ele e o grupo e vice-versa (BARBOSA, 2007). Quando pessoas se reúnem para solucionar uma situação, podem surgir porta-vozes que manifestam os diferentes pensamentos, apreensões, crenças, medos, expectativas daquele grupo. O que emerge ou aparece por meio de integrantes de um grupo diz respeito e tem haver com a dinâmica deste. Quando o foco é na abordagem individual e não grupal, o problema persiste, pois ao eliminar o participante visto como “problema”, outro surge para ocupar o lugar do primeiro.
Desenvolver a visão de grupo é um desafio para profissionais que desejam coordenar grupos. Primeiro pela importância de superar a visão individual que é introjetada, na cultura ocidental, desde os primórdios da nossa experiência no mundo e integrar a visão de grupo como unidade funcional. Depois, não reforçar estereotipias, não cair na sedução ou na pressão do grupo para eliminar participantes que incomodam. E, finalmente, intervir de forma a possibilitar que o grupo pense sobre o  que está acontecendo e integre o pensar, sentir e agir em direção ao cumprimento da tarefa ou missão da equipe e da organização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, Laura Monte Serrat  Psicopedagogia e o Momento de Aprender. São José dos Campos: Pulso editorial, 2007.

PICHON-RIVIÈRE, Enrique  Processo Grupal. São Paulo: Martins Fontes, 2005.